segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Um país chamado China

Conhecendo um pouco mais sobre a China


A história da China não deixa mentir: lutas por independência, contra a censura do governo, e uma das ditaduras mais ferrenhas do planeta.

Desde o início dos tempos, a China teve sua história traçada pelas guerras entre suas províncias, que lutavam por ideais diferentes e agregavam novos valores a cada nova Dinastia que surgia.E não foram poucas,cada uma com suas peculiaridades.

A primeira das dinastias da China, foi a dos Três Augustos e os cinco Imperadores. Conhecidos também como os Três Soberanos, são considerados reis-deuses ou semi-deuses que usaram seus poderes mágicos para mudar a vida das pessoas. Este período foi marcado pela paz e pela prosperidade, lá pelos anos de 2850 a.C. a 2205 a.C.

Após este período, aconteceu a dinastia Xia, que finalizou um sistema de monarquia hereditária. Depois vieram outras dinastias subsequentes, como a Shang,Zhou,Quin ,Xin e etc.

No período depois de Cristo, após um período de conflitos entre os principados, cujos nobres não aceitavam as imposições dos reis, deu-se o início das dinastias modernas chinesas.

A primeira delas foi a Sui, que no ano de 580 conseguiu unificar os reinos. No anos de 618, esta dinastia foi substituída pela Tang,que teve como ponto marcante a contribuição significativa com o desenvolvimento cultural do povo chinês. Quando foram derrotados pelos árabes, no ano de 751, esta dinastia entrou em declínio e durou até 907.

Foi neste ano que uma nova dinastia mudou os rumos da China. A dinastia Sung elevou o crescimento econômico e estimulou o crescimento da cultura. Foi durante este período que a China teve seu "maior invento" descoberto, a pólvora.

Seguindo os pensamentos do Filósofo Confúcio, que afirmava que a natureza humana era boa, porém era denegrida pelo uso indevido do poder, a política chinesa foi direcionada a tal ponto de ocorrer uma unificação cultura do povo chinês.

Entre os anos de 1211 e 1215, mongóis invadiram a China e dão início ao seu próprio império, que passa a ser dividido em 12 províncias, porém o crescimento e o desenvolvimento do país foi proprocional ao das outras dinastias.

Em 1368, a resistência interna derruba a dinastia mongol e assumem o poder com o nome de dinastia Ming. Neste período, foi realizada uma nova política governamental que expandiu o território chinês para a Manchúria, Indochina e Mongólia. Com a chegada dos europeus, em 1516, a China entrou em decadência e em 1644 esta dinastia teve seu fim, após os confrontos com a invasão Manchu.

Após esta invasão, uma nova dinastia imperou no território chinês. Esta foi a última grande dinastia Imperial do país, e foi denominada dinastia Qing. Após a revolução de 1911, uma nova República da China foi estabelecida e o último imperador da China, Puyi, abdicou.

Marcada por centenas de conflitos, guerras civis e outros protestos, a Repúbluca da China foi substituída pela República Popular da China, em 1 de outubro de 1949, por Mao Tsé-Tung. Os primeiros anos do novo governo, foram direcionados à reconstrução do país. A reforma agrária foi o primeiro passo, em seguida o controle da inflação, e as medidas mais drásticas foram a proibição da Poligamia e a ampliação dos direitos sindicais.

Durante o governo Mao Tsé-Tung, a China se aliou à URSS na guerra fria, e participou da Guerra da Coréia em 1950 e 1951 ao lado da Coréia do Norte, contra os EUA e a Coréia do Sul. Foi neste período também que a China ocupou e anexou o Tibete ao seu terrritório.

A China recebeu bastante ajuda soviética: dinheiro, armas, tecnologia, engenheiros, médicos e pesquisadores. Os chineses tentavam construir o socialismo de acordo com as receitas da URSS. Foram criadas cooperativas rurais e fazendas do Estado, milhões de adultos aprenderam a ler e escrever, e a indústria pesada foi priorizada o que a fez ter um crescimento razoável.

partir de 1952, com enormes manifestações operárias de apoio ao governo comunista, grandes empresas foram expulsas pelo Estado; pouco a pouco já não havia mais burgueses na China.

Em 1952, Mao Tse-Tung é afastado do poder pelo PCC pelo fracasso do ultimo projeto. Liu Shaoqi é escolhido presidente em Abril de 1959. Tse-Tung, porém, continua tomando decisões em relação à política externa do país, intensificando as criticas à URSS.

A partir de então, foram surgindo as primeiras evidências do conflito entre os chineses e os soviéticos. A URSS suspende a ajuda econômica e militar à China. Em 1960 chegam a acontecer violentos incidentes militares, nas fronteiras desses países.

Já desde 1959, Shaoqi, presidente do país, e os dirigentes partidários favoráveis a uma política econômica mais tradicional, disputavam poder com Mao Zedong (Mao Tse-Tung).


Em 1966, se inicia um período de intensos conflitos políticos e ideológicos. Então Mao Tse-Tung, para consolidar sua influência no partido e no governo, lança a Grande Revolução Cultural Proletária. O movimento se espalhou rapidamente por todo o país. Tinha o apoio de todo o exército e de seu chefe,Lin Piao, além da juventude urbana, a Guarda Vermelha. Mao tinha um objetivo prático aplicando essa política, limpar o PCC e incentivar os jovens a fazer mudanças políticas para deixar a administração menos elitista em áreas como: educação, saúde (ver Médicos de pés descalços e cultura.

A Revolução Cultural teve grande repercussão na vida chinesa e causou desordem no país por um bom tempo. Fora do país foi inspiração para outros movimentos radicais.

Em 1984, Deng Xiaoping propôs aplicar o princípio de dois sistemas econômicos em paralelo, o sistema centralizado e comunista e o sistema de mercado livre de capitais, embora sujeito a controlo por parte das autoridades governamentais.

Lançado em Hong Kong nas negociações com a primeira-ministra britânica Margaret Thatcher sobre o futuro de Hong Kong quando o contrato de arrendamento dos Novos Territórios(incluindo Nova Kowloon) de Hong Kong para o Reino Unido expirasse em 1997. O mesmo princípio foi proposto nas conversações com Portugal sobre Macau.

O princípio é que, após a reunificação, apesar da prática do socialismo na China continental, Hong Kong e Macau, que eram antigas colônias do Reino Unido e de Portugal, respectivamente, poderiam continuar a praticar o capitalismo sob um alto nível de autonomia por 50 anos após a reunificação.

O estabelecimento dessas regiões, chamadas de Regiões Administrativas Especiais (RAEs), é autorizado pelo Artigo 31 da Constituição da República Popular da China, que diz que o Estado pode estabelecer RAEs quando necessário, e que os sistemas a serem instituídos nelas deve ser decidido por lei decretada pela Assembleia Popular Nacional.

Quando estudamos a China, não podemos deixar de estudar outros dois pontos importantes: O primeiro deles é o Budismo, que teve forte influência nas manifestações artísticas chinesas como a literatura, a pintura e a escultura. O segundo é a Grande Muralha da China, que foi levantada, antes do século III A.C, com o propósito de defender os principados contra as invasões de seus inimigos. Foi reconstruída ente os séculos XV e XVI cruzando o país de leste a oeste.



Depois de um tempo sem postar, acho que este valeu a pena. Obrigado á Wikipédia e outros sites sobre a cultura chinesa por disponibilizarem um conteúdo tão rico de informações, e permitirem que posts como esses, tenham um valor informacional muito grande !

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